Náusea e Vômito
AVALIAÇÃO INICIAL
Investigar na anamnese
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Intensidade, duração, frequência, volume e qualidade
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Fatores de alívio e exarcebação
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Hábito intestinal
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Medicações em uso
Avaliar no exame físico
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Sinais de desidratação, sepse e toxicidade por dorgas
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Avaliar sistema nervoso central
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Proceder exame físico abdominal completo
Exames complementares
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Função renal e eletrólitos
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Cácio e glicemia
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Marcadores hepáticos e pancreáticos
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Hemograma
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Rx de abdome agudo (se houver suspeita)
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MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO
Realizar pequenas refeições e em intervalos menores, em ambientes calmos e arejados
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Não obrigar o paciente a comer o que ele não tolera
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Ofertar alimentos que sejam de preferência do paciente
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Se possível, evitar que o paciente deite logo após as refeições. Se o paciente estiver acamado, elevar a cabeceira da cama por uma ou duas horas após a ingestão de alimentos
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Evitar preparações em temperaturas extremas, preferindo alimentos à temperatura ambiente ou frios
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Evitar ingestão de líquidos durante as refeições (minimiza a pressão no estômago e refluxo)
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Recomendar de oito a dez copos de líquido entre as refeições para evitar desidratação. Dar preferência aos líquidos claros (água e sucos). Gelo, gengibre, caldos e gelatinas são boas opções
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Regularizar hábito intestinal - constipação é comum causa de náusea
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Garantir boa higiene oral
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Fornecer acupuntura e apoio psicológico
MANEJO FARMACOLÓGICO
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Definir a causa e tratá-la quando possível
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Inicialmente, deve-se prescrever um antiemético de primeira linha, associado a um de segunda ou de terceira linha SN e avaliar a resposta a cada 24h até atingir o controle (ver tabelas abaixo)
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A associação de mais de um antiemético pode ser apropriada
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Considerar infusão contínua subcutânea se os sintomas persistirem ou se o paciente estiver incapaz de tomar qualquer medicação via oral
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Tentar evitar a prescrição de procinéticos (exemplo: Metoclopramida) associada a anticolinérgicos (exemplo: Escopolamina). A associação das duas medicações reduz o efeito dos procinéticos
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Atentar para o risco de síndrome extrapiramidal ao usar doses altas e prolongadas de Metoclopramida
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Considerar a via de administração: a via oral pode não ser disponível devido aos vômitos ou por estase gástrica
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Atentar para desidratação e hipocalemia, complicações comuns do vômito. Nesses casos, evitar o uso de AINES, iECA e diuréticos
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A regurgitação provocada pela obstrução esofágica pode ser reportada pelo paciente como vômito. Nesses casos, o antiemético não aliviará a regurgitação, porém, poderá auxiliar se houver náusea associada. Indicar intervenção endoscópica, se apropriado
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Utilize a tabela abaixo para associar as classes de antieméticos apropriadas para o tratamento das principais causas de náusea e vômito.
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A tabela a seguir contém informações relevantes sobre os antieméticos mais utilizados na prática médica
